Servidores da Fundac paralisam atividades e realizam protesto no Dia de luta em defesa da socioeducação

Os servidores efetivos da Fundac, em todo o Estado, paralisaram suas atividades nesta quinta-feira, dia 09 de fevereiro, para protestar contra as péssimas condições de trabalho e insegurança instaladas nas unidades socioeducativas CSE, CEA, CEJ, Casa Educativa,  Semi  Liberdade, em João Pessoa, Lar do Garoto em Campina Grande e Cea Sousa, no sertão paraibano.

Além da falta de estrutura das unidades socioeducativas no Estado, que são responsáveis pela internação de  jovens e adolescentes em conflito com a lei, os trabalhadores da Fundac  estavam reivindicando também o pagamento do vale alimentação, há três meses em atraso, retomada da tramitação da revisão do Plano de cargo, carreira e remuneração, concurso público  e descongelamento de salários.

O Dia de Luta dos trabalhadores da Socioeducação na Paraíba,  como foi denominado, organizado pelo Sindicato representativo da categoria-SINTAC, que tem à frente a psicóloga Lúcia Brandão, começou com uma assembleia geral no Sintep, onde na oportunidade, foi aprovada a filiação do Sindicato à Federação Nacional dos Servidores e Empregados Públicos Estaduais e do Distrito Federal- FENASEPE. Logo após, a categoria portando faixas, cartazes e palavras de ordem seguiu para a sede da Fundac, onde foi realizado um ato público, animado por uma Orquestra de frevo.

Na  Fundac, nenhum diretor do órgão estava presente e as portas permaneceram fechadas durante toda manhã. A Secretária do presidente Noaldo Meireles, chamou uma comissão do Sintac para ouvir as reivindicações e na ocasião foi marcada uma audiência para o dia 23 de fevereiro. “Esperamos nesta audiência uma posição definitiva sobre as nossas principais reivindicações”, disse a presidente Lúcia Brandão

Ela disse que a revolta dos servidores da Fundac já vem de algum tempo. “Nos que trabalhamos com a alta complexidade nunca tivemos um tratamento digno do Governo do estado, que sempre vem nos presenteando com reajuste de 3%, 1% e 0% e até o vale alimentação no valor de R$180,00, que servia como complementação salarial agora nos foi tirado, diante de tanto descaso, temos que nos rebelar e partir para a luta”, desabafou a presidente do Sindicato.

Segundo Lúcia Brandão, no ano passado houve indícios  de que o valor dos vales seria reduzido, mas em negociação com o presidente da Fundac, Noaldo Belo de Meireles, onde também a categoria ameaçou greve ficou certo da continuidade do pagamento com o mesmo valor. “Mas só foram pagos três meses, sem retroativo dos meses em atraso e o que é pior desde outubro que não se recebe mais”, acrescentou

Os servidores da Fundac que trabalham nas  unidades socioeducativas também enfrentam o estresse e o temor constante de rebeliões por parte dos internos que estão se rebelando também por falta da superlotação e o que ela acarreta. “Diante de todo esse quadro de penúria, o Sintac resolveu promover esse Dia de luta em Defesa da Socioeducação na Paraíba com o objetivo de mostrar à sociedade a situação dos trabalhadores e dos socioeducandos que vivem em risco”, relatou.

O  ato publico do Sintac terminou com uma participação ao vivo no programa da Tv´Arapuan.  O Sintac  disse  convocou ainda  a categoria para ocupar o  Palácio da Redenção, caso suas reivindicações não sejam atendidas. “Nossa luta não para por aqui”, encerrou Lúcia Brandão.

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